A indústria automotiva vem conseguindo manter um bom ritmo de atividades, apesar das dificuldades ocasionadas pela segunda onda da pandemia no Brasil e dos gargalos na produção, informou a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), na divulgação dos dados de desempenho do setor em abril.
A produção total de veículos no quarto mês do ano foi de 190,9 mil unidades, 4,7% abaixo de março, mas em um mês que teve três dias úteis a menos que o anterior.
Segundo a entidade, a comparação de números com abril de 2020 é “descabida”, pois foi o mês da paralisação geral das fábricas e concessionárias. Logo, a melhor referência é o volume acumulado do ano, e nele a produção de 788,7 mil unidades superou em 34,2% o resultado do primeiro quadrimestre do ano passado.
Considerando apenas os veículos leves, foram produzidas 735 mil unidades no primeiro quadrimestre deste ano, 32,2% a mais que o mesmo período do ano passado.
Foram fabricados 614 mil automóveis, aumento de 24,6%, e 120 mil comerciais leves, crescimento de 91,5% na mesma comparação.
“Devemos ressaltar a resiliência da cadeia automotiva num momento de crise, em especial das áreas de logística, compras e planejamento de produção das nossas associadas”, afirmou o presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes.
As vendas internas também tiveram crescimento no quadrimestre, na comparação com produção e exportações. Foram licenciados 175,1 mil veículos em abril e 703 mil no acumulado, alta de 14,5% sobre os primeiros quatro meses de 2020.
De janeiro a abril de 2021, as vendas de veículos leves registraram crescimento de 13,1%, com 662 mil unidades. Foram comercializados 528 mil automóveis, alta de 7,7%, e 134 mil comerciais leves, acréscimo de 41,1%.
“Os números deste primeiro terço do ano indicam que nossas projeções feitas em janeiro são factíveis de serem atingidas, salvo alguma situação inesperada no segundo semestre”, avaliou Moraes.
A Anfavea estima para este ano crescimento de 15% nas vendas, 25% na produção e 9% nas exportações.