O licenciamento de 242,3 mil unidades foi o melhor para um mês de novembro desde 2014, informou a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).

Segundo a entidade, a média diária de emplacamentos (12.344) foi a maior desde dezembro de 2014. A queda de 4,4% em relação a outubro é explicada pelos três dias úteis a menos, mas em relação ao mesmo mês de 2018, o crescimento foi de 4,9%.

De janeiro a novembro, as vendas de veículos leves cresceram 7,3% em comparação ao mesmo período do ano passado. Foram comercializados 2,04 milhões de automóveis, aumento de 7,0%, e 366,6 mil comerciais leves, acréscimo de 8,7%.

A produção de veículos leves avançou 2,5%, com 2,64 milhões de unidades fabricadas. Foram 2,30 milhões de automóveis, subida de 3,0%. Já a produção de comerciais leves caiu 1,2%, com 333,7 mil unidades.

“Todos os números de novembro apontam para as projeções que fizemos na metade deste semestre. A produção deverá crescer 2%, e o mercado interno próximo de 9%”, disse o presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes.

“No balanço final, teremos o terceiro ano seguido de recuperação, com expectativas ainda melhores para 2020.”

Pesquisa

A Anfavea divulgou também um estudo inédito encomendado ao instituto Webmotors Auto Insights, que aponta que 88% dos entrevistados pretendem comprar carro em 2020. Desses, 77% vão usar parte do 13° salário.

A pesquisa foi feita na metade de novembro, com 6.727 usuários do App Webmotors, tradicional portal de comércio eletrônico de veículos.

Cerca de 80% dos que querem comprar carro pretendem escolher um usado, e 20% um zero-quilômetro. Entre a parcela de 21% que não possuem carro no momento, 93% estão considerando comprar um modelo em 2020.

Mais de 60% admitiram que teriam trocado de modelo antes, se não fosse o longo período de recessão no Brasil. Dos 12% que não querem comprar carro em 2020, cerca de 40% alegaram que o maior entrave ainda é a situação financeira.