A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) apresentou à imprensa novas perspectivas para o fechamento de vendas de 2020, com queda de 40% para o conjunto dos veículos novos.
No cenário apresentado pelo presidente Luiz Carlos Moraes, o total de licenciamentos será de 1,675 milhão de veículos. No ano passado, foram emplacados 2,788 milhões de veículos.
“A queda impressiona, e é ainda mais grave na comparação com o resultado de 3,050 milhões que havíamos projetado no início do ano, configurando um tombo de 45%”, ressaltou.
As vendas de automóveis tendem a ser as mais prejudicadas pela crise econômica originada pela pandemia da covid-19. Caminhões deverão cair menos por conta de alguns setores que estão demandando maior nível de transporte, sobretudo o agronegócio.
Segundo Moraes, ainda não é possível projetar com maior precisão a queda na produção, pois ela também depende do cenário das exportações, que “continua nebuloso”.
Números negativos em maio
Os resultados de maio foram melhores que os de abril, o que não chega a configurar uma boa notícia, já que o mês anterior foi o de paralisação quase completa das fábricas e das concessionárias.
Na comparação com o mesmo mês de 2019, houve queda de 84,4% na produção de veículos (43,1 mil unidades).
No acumulado do ano, as vendas de veículos se aproximam de queda de 40%. Somente entre veículos leves, a redução foi de 38,1%.
De janeiro a maio foram comercializadas 642,4 mil unidades, sendo 534,6 mil automóveis (recuo de 39,6%) e 107,8 mil comerciais leves (decréscimo de 29,6%).
No acumulado de janeiro a maio, a produção de veículos leves caiu 49,8%, com 522,8 mil automóveis e 71,2 mil comerciais leves.
“Embora junho sinalize algum retorno mais efetivo às atividades, teremos, sem dúvida, o pior trimestre da história do setor automotivo. Resta esperar por uma reação no segundo semestre capaz de evitar maiores danos à cadeia automotiva”, disse o presidente da Anfavea.