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A edição 2020 do Salão do Automóvel de São Paulo será adiada para 2021, comunicaram a Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotivos (Anfavea) e a Reed Alcântara Machado, promotoras do evento.
O presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes, destacou no comunicado oficial que a decisão de adiar o Salão de 2020 foi tomada para reduzir custos e para “termos tempo de avaliar novos formatos”.
Segundo Moraes, “o Salão do Automóvel é um evento que precisa evoluir e refletir o momento de disrupção tecnológica que nossa indústria está vivendo”.
O presidente da Anfavea lembrou que a revisão do Salão não é um movimento local, acontece “em todos os países do mundo e pelos mesmos motivos”.
Durante coletiva de imprensa na última sexta-feira (6), a Anfavea lembrou que outros salões tradicionais, como o de Frankfurt, Detroit e Genebra, também foram cancelados ou adiados.
A entidade representativa das montadoras criticou ainda o alto custo do Salão de São Paulo, de cerca de R$ 300 milhões em locação e montagem de estandes.
Nas últimas semanas, marcas como Chevrolet, Hyundai, Toyota, Mitsubishi, Suzuki e BMW já haviam desistido de participar do Salão.
Também no comunicado oficial, o presidente da Reed Alcântara Machado, Cláudio Della Nina, afirmou que “a Reed possui o grande desafio de propor um novo Salão do Automóvel alinhado com as expectativas do público visitante e com a nova realidade das montadoras”.
“Estamos focados na solução deste desafio e comprometidos com a entrega da melhor edição do Salão do Automóvel em 2021”, assegurou.
Em março, estava prevista uma reunião da Organização Internacional de Construtores de Automóveis (Oica) para rediscutir os formatos dos Salões Mundiais, mas o encontro foi adiado em função do avanço do coronavírus.
Antes previsto para ser realizado junto com o Salão do Automóvel, o VIII Congresso AIAFA Brasil de Gestores de Frotas e de Mobilidade está confirmado para o segundo semestre deste ano, em data a ser divulgada posteriormente.
Já a nova data do Salão de 2021 ainda será definida em conjunto com a Oica.
Balanço do setor
O balanço do setor automotivo divulgado mensalmente pela Anfavea aponta que, em janeiro e fevereiro deste ano, foram comercializados 377,9 mil veículos leves, queda de 0,9% em relação ao mesmo período de 2019.
Foram licenciados 316,7 mil automóveis (queda de 2%) e 58,2 mil comerciais leves (aumento de 5,6%).
Quanto à produção, no primeiro bimestre de 2020 foram fabricados 375,6 mil veículos leves, 13,9% menos que no mesmo período do ano passado.
Em janeiro e fevereiro, foram produzidos 335,6 mil automóveis (redução de 12,6%) e 40,0 mil comerciais leves (queda de 23,3%).