Aos poucos, os veículos elétricos começam a se tornar uma realidade cada vez mais próxima do brasileiro. A Caoa Chery lançou o primeiro sedã 100% elétrico Arrizo 5e, que deve chegar ao consumidor em janeiro de 2020. O modelo vai ser uma espécie de “laboratório” de elétricos da marca no País. A companhia não descarta trazer outras opções no segmento e até híbridos ao mercado brasileiro.
Até dezembro deste ano, a montadora informa que o modelo será oferecido exclusivamente para pessoa jurídica, como frotistas e locadoras, com início de comercialização para pessoas físicas no início de 2020, em concessionárias selecionadas de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre e Brasília.
Outra chinesa que começa a investir no segmento brasileiro é a JAC Motors, que anunciou estar preparada para realizar uma mudança radical de atuação no Brasil. Conhecida pelos automóveis com bom custo-benefício, agora a marca vai oferecer um portfólio de cinco modelos 100% elétricos, incluindo o que deve ser o carro mais econômico do País. A partir de dezembro os consumidores já terão disponíveis, três modelos SUVs, uma picape e um caminhão pequeno. O primeiro será o utilitário esportivo iEV20.
As fabricantes garantem uma economia não apenas no valor de abastecimento, mas também em manutenção. A JAC Motors afirma que a soma de todas as revisões do modelo, dos 10 mil aos 60 mil quilômetros, é de 600 reais. Esse valor costuma corresponder a apenas uma das revisões obrigatórias de um veículo convencional. Como diferencial, a marca Caoa Cherry propõe um programa de manutenção preventiva competitivo. O valor total das revisões até 60 mil quilômetros é de 2.257 reais, 30% inferior aos preços praticados na versão flex.
Um dos fatores que contribuem para esse custo é a baixa complexidade do carro elétrico, que chega a ter 10 vezes menos peças do que um modelo a combustão.
Desafios
Dois pontos devem ser levados em consideração durante o processo de maturação do mercado de veículos elétricos: o desenvolvimento de uma infraestrutura de recarga e a autonomia dos modelos.
Atualmente, nenhuma empresa está autorizada a vender energia elétrica, além das próprias distribuidoras. Nesse sentido, um posto de gasolina não poderia abastecer, por exemplo, os carros elétricos. Nos grandes centros, onde os condomínios residenciais são muito comuns, também não é permitido usar energia das áreas comuns.
Um terceiro desafio para aqueles que desejam comprar um carro elétrico no Brasil ainda é o preço. Diante da baixa escala de produção, os veículos 100% elétricos têm valor elevado, ultrapassam 100 mil reais.