A indústria automobilística brasileira licenciou no primeiro trimestre 481,3 mil veículos, o que significa retração de 28,6% em comparação às 674,4 mil unidades vendidas no mesmo período do ano passado. Os dados foram divulgados esta semana pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
Na análise mensal, no comparativo com março do ano passado, quando 234,6 mil unidades foram negociadas, o setor apresentou queda de 23,6%.
No primeiro trimestre de 2016, foram comercializados 142,2 mil veículos leves menos que no mesmo período do ano passado (649,8 mil unidades, queda de 28,4%). Entre os automóveis, a queda nas vendas foi de 26,7%, e entre comerciais leves, redução de 37,1%.
Para Luiz Moan Yabiku Junior, presidente da Anfavea, o resultado de março ficou um pouco abaixo das expectativas. “Os resultados de licenciamento dos primeiros dois meses deste ano ficaram em cima das nossas expectativas. Contudo, esperávamos que em março houvesse uma elevação mais significativa do ritmo de vendas médias diárias, o que não ocorreu”, afirmou, segundo a assessoria de imprensa da entidade.
Segundo ele, isso é “resultado da falta de confiança ocasionada pelas questões políticas vivenciadas pelo País que somada à falta de uma definição no cenário de curto prazo, segue contaminando a economia. As instituições precisam pensar Brasil para revertermos este quadro”.
Produção
A produção de autoveículos montados também segue em decréscimo. No total, saíram das linhas de montagem em março 195,3 mil veículos, diminuição de 23,7% ante as 255,9 mil do mesmo período do ano passado. Nos três primeiros meses, 482,3 mil unidades foram produzidas, baixa de 27,8% frente às 667,6 mil de 2015.
No primeiro trimestre do ano, foram produzidos 462,8 mil veículos leves, queda de 27,3% em comparação com o primeiro trimestre do ano passado. Foram 403,5 mil automóveis e 59,2 mil comerciais leves, redução de 24,8% e 40,9% respectivamente.