O licenciamento de autoveículos cresceu 8,7% em setembro passado (296,3 mil unidades), em comparação com o mês anterior (272,5 mil). Porém, houve uma retração de 4,4% em relação a setembro de 2013, quando foram comercializados 309,9 mil veículos. Os dados foram divulgados pela Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), no último dia 6 de outubro, em São Paulo.
Segundo o levantamento, no período acumulado de janeiro a setembro de 2014, a queda verificada é de 9,1% – foram licenciados quase 2,53 milhões de unidades este ano, contra 2,78 milhões no mesmo período de 2013.
O presidente da Anfavea, Luiz Moan Yabiku Junior, disse, por meio da assessoria de imprensa, que a tendência é de melhoria no segundo semestre tanto em produção de veículos como em licenciamento, que deve aumentar em 14,3%.
Interiorização da frota
A Anfavea apresentou também um estudo que reforça o potencial de crescimento do licenciamento e da frota de autoveículos no Brasil. O levantamento mostra que o País tem 5,4 habitantes por veículo, número superior ao verificado na Argentina (3,7), México (3,6), Alemanha (1,7) e Estados Unidos (1,3).
Entre 2007 e 2012, o aumento da frota brasileira foi de 7,8%. Em uma lista de 10 países com frota de mais de 10 milhões de veículos, o Brasil fica atrás apenas da China.
Ao analisar a evolução do licenciamento no Brasil dividido por capitais e municípios do interior de cada região, o estudo sinaliza para uma interiorização da frota brasileira. Na região Sudoeste, por exemplo, as vendas nas capitais São Paulo, Rio de Janeiro, Vitória e Belo Horizonte subiram 22,9% entre 2007 e 2013, enquanto que nas cidades do interior o acréscimo foi de 57,9%.
Outro aspecto da pesquisa mostra que as vendas cresceram acima da média nacional em 99,3% dos municípios brasileiros, que entre 2007 e 2013 foi de 53%.
Somente na cidade São Paulo, o licenciamento aumentou 6% no mesmo período. Nas cidades com população entre 100 mil e 500 mil habitantes apresentaram crescimento de 73%. Nas cidades com até 5 mil habitantes, a alta foi de 142%.