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A indústria automotiva no Brasil comercializou 2,57 milhões de unidades em todo o ano de 2015, número que representa uma retração de 26,6% com relação às 3,5 milhões de 2014. Os dados foram divulgados pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).

Entre os veículos leves, foram comercializados 2,48 milhões de unidades de janeiro a dezembro de 2015, redução de 25,6% em relação ao ano anterior. A maior queda das vendas foi registrada entre comerciais leves, 33,6%.

Para Luiz Moan Yabiku Junior, presidente da Anfavea, o abalo na confiança foi o principal fator de influência para o resultado.

O cenário político de 2015 contribuiu para a redução da confiança dos consumidores e investidores. A consequência disso é o adiamento da compra, pois se criou uma expectativa por definições para dar maior previsibilidade e propiciar um melhor planejamento”, analisa o presidente.

Já a produção de autoveículos terminou 2015 com redução de 22,8% na comparação das 2,43 milhões de unidades do ano passado com as 3,15 milhões de 2014.

Somente entre veículos leves, foram produzidas 2.333.903, redução de 21,5% em comparação a 2014, quando se produziram 2,97 milhões de unidades. A queda da produção foi de 19,3% de automóveis e 33,2% de comerciais leves.

Expectativas para 2016

A expectativa da Anfavea é de que a produção total de veículos registre estabilidade na comparação com o ano passado, com ligeiro aumento de 0,5% embora a produção de veículos leves deva cair 0,1%.

Para Luiz Moan Yabiku Junior, dois fatores principais contribuem para esta análise. “Acreditamos que em 2016 haverá um aumento das exportações, ocasionado pelo esforço das empresas em expandir negócios externos em um momento cambial oportuno. Além disso, também em função do câmbio, projetamos redução da participação dos importados, que tendem a ser substituídos por produtos nacionais”, afirma.

Segundo ele, “esses dois fatores, aliados a uma estabilidade do contexto macroeconômico, maior número de dias úteis e expectativa de lançamentos, nos levam a crer em aumento da produção este ano, mesmo com alguma retração do licenciamento”.

A Anfavea prevê ainda que os licenciamentos de autoveículos em 2016 devem cair 7,5% quando comparados com 2015.